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segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Poetas da Periferia - parte 1




MVBill mente instruída disse a verdade, preto em movimento, falcão das cidades. O preto se movimentou e foi atrás dos seus sonhos, mas com quatro tiros foi fazer uma viagem, rap é compromisso e lá se foi o Sabotage. Nas ruas do Capão Mano Brown cantou em sua homenagem, nada como um dia após o outro para a justiça ser feita contra os covardes. O trem do RZO saiu lotado de esperança e um rolê na vila contagiou as crianças. No artigo 157 do Racionais o neguinho rodou, a letra foi dada pelo Ndee Naldinho, mas o 5° vigia disparou. É preciso ter Expressão Ativa e pedir o último perdão, na dor de uma lágrima o guerreiro cumpriu sua missão. A Realidade Cruel das periferias deixa muitos reféns na amnésia, quem sabe um dia o depoimento de um viciado seja de alegria na favela. O Japão estava lá, na Viela 17 e o rolê foi louco pelas ruas do DF. O pequeno homem cresceu e expandiu, seu som ecoa nos quatro cantos do Brasil. O Rei aproveitou, colou na banca e fez a sua parte, onde tem abelha formiga come sal, e isso ele sabe. Mulher sofredora não pode ser, tem que ter Atitude Feminina para viver, do enterro do neguinho, elas nunca vão esquecer.  O poeta Sérgio Vaz mostrou que na periferia também tem poesia. Jorginho ainda não nasceu e já sente o drama de viver nessa vida. Das ruas de Ceilândia eu tô só observando, o DJ Jamaika mandando um som e a gente recordando. Enfim, o poeta GOG chegou. O pavio foi aceso e jamais se apagou. O sonho é real e o Pedro Paulo ainda toca o pandeiro. O amor venceu a guerra e, para o Estado, o menino do morro continua sendo o seu pior pesadelo.

    

Poeta das ruas

Texto: Luciano Campello Lulla

 https://www.facebook.com/luciano.lulla




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