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domingo, 29 de julho de 2012


Fabinho, o craque das drogas!

Fabinho queria ser crack jogando bola,
hoje o chamam de craqueiro,
devido ao uso da droga.

O titular virou reserva nos campos da vida.
A vitória não está mais ao seu alcance.
Agora, não bate bola, fuma e a joga fora.
Chuteira não tem mais pra calçar,
se a quiser de volta tem que ir na boca de fumo buscar.

Quando fazia gols no campo da vila era ovacionado, 
hoje as pessoas passam por ele e vê de perto o seu fracasso.
De tão debilitado pela droga na rua ninguém mais o conhece.
Sua mãe não tem mais esperanças.
Fabinho perdeu o rumo, ganhou o mundo e morre lentamente. 

Poeta das ruas: Luciano Campello Lulla
Twitter: @trocandoideeias



Ela é bonita, usa um batom vermelho forte, roupas ousadas e as vezes é tímida. Naquela esquina se sente um pouco frustrada. Muitas pessoas passam e contemplam sua beleza e toda sua graça. Outras passam e não dão a mínima, falam mal e a xingam de tudo quanto é nome, principalmente as mulheres que sentem ciúmes dos seus maridos que passam por ela e o olhar malicioso não escondem.

A bolsa é sua companheira, ali carrega todos os instrumentos que afloram a sua beleza e outros objetos que usa na sua defesa. Um carro para, ela entra. Vai viver seu mundo: Ora prazeroso, ora doloroso. De volta a mesma esquina a espera de clientes. Uns a chamam de pirinha, outros de garota de programa, outros tantos de puta e os mais cavalheiros a chamam de dama.

Dama da noite... Muitos clientes, nem todos legais. O dinheiro fácil esconde a tristeza. Veio do interior para ganhar a vida na cidade grande, só não pensava que seria dessa maneira. Agora, o que ela quer, é conseguir parar, comprar uma casa para sua mãe e voltar para o interior do Ceará.


Poeta das ruas: Luciano Campello Lulla
Twitter: @trocandoideeias

Pequeno e já andarilho.
Fugiu da escola, da família, do cinto.
Revoltado diz não mais querer voltar.
Traumatizado, fez das ruas o seu novo lar.
Futuro como muitos já traçado.
Revolta, drogas, crime, estatística para o estado.
Só queria ser feliz com a família,
não aguentou apanhar dia e noite, noite e dia.
Agora o pequeno andarilho segue a estrada,
os passos são curtos e longa a caminhada.



Poeta das ruas: Luciano Campello Lulla
Twitter: @trocandoideeias