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domingo, 29 de julho de 2012




Ela é bonita, usa um batom vermelho forte, roupas ousadas e as vezes é tímida. Naquela esquina se sente um pouco frustrada. Muitas pessoas passam e contemplam sua beleza e toda sua graça. Outras passam e não dão a mínima, falam mal e a xingam de tudo quanto é nome, principalmente as mulheres que sentem ciúmes dos seus maridos que passam por ela e o olhar malicioso não escondem.

A bolsa é sua companheira, ali carrega todos os instrumentos que afloram a sua beleza e outros objetos que usa na sua defesa. Um carro para, ela entra. Vai viver seu mundo: Ora prazeroso, ora doloroso. De volta a mesma esquina a espera de clientes. Uns a chamam de pirinha, outros de garota de programa, outros tantos de puta e os mais cavalheiros a chamam de dama.

Dama da noite... Muitos clientes, nem todos legais. O dinheiro fácil esconde a tristeza. Veio do interior para ganhar a vida na cidade grande, só não pensava que seria dessa maneira. Agora, o que ela quer, é conseguir parar, comprar uma casa para sua mãe e voltar para o interior do Ceará.


Poeta das ruas: Luciano Campello Lulla
Twitter: @trocandoideeias

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