Ela é
bonita, usa um batom vermelho forte, roupas ousadas e as vezes é tímida.
Naquela esquina se sente um pouco frustrada. Muitas pessoas passam e contemplam
sua beleza e toda sua graça. Outras passam e não dão a mínima, falam mal e a
xingam de tudo quanto é nome, principalmente as mulheres que sentem ciúmes dos
seus maridos que passam por ela e o olhar malicioso não escondem.
A bolsa é
sua companheira, ali carrega todos os instrumentos que afloram a sua beleza e
outros objetos que usa na sua defesa. Um carro para, ela entra. Vai viver seu
mundo: Ora prazeroso, ora doloroso. De volta a mesma esquina a espera de
clientes. Uns a chamam de pirinha, outros de garota de programa, outros tantos
de puta e os mais cavalheiros a chamam de dama.
Dama da
noite... Muitos clientes, nem todos legais. O dinheiro fácil esconde a tristeza.
Veio do interior para ganhar a vida na cidade grande, só não pensava que seria
dessa maneira. Agora, o que ela quer, é conseguir parar, comprar uma casa para
sua mãe e voltar para o interior do Ceará.
Poeta das
ruas: Luciano Campello Lulla
Twitter:
@trocandoideeias
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