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sábado, 22 de dezembro de 2012

Terror Mudo



Levou a arma para a guerra, mas a guerra era psicológica. A mão tremia, a munição não saia e já não conseguia ouvir a própria voz. Estava quase surdo e, um barulho incômodo de um zunido era a sua trilha sonora da morte.

As sombras carregavam a morte, a morte carregava a coragem, e a vida cada vez mais se distanciava. Na escuridão, amigo e inimigo se confundiam. O mundo festejava, enquanto ele guerreava por ideais não definidos, por interesses pré-estabelecidos, de políticos, que se aproveitaram do seu patriotismo.



Poeta das ruas: Luciano Campello Lulla
Twitter: @trocandoideeias
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sábado, 8 de dezembro de 2012

Mundo Pequeno


A dimensão da cidade impressiona. Impressionante ainda são as emissões de pouco afeto. Nas ruas eles falam palavras vazias, poucas discutidas, mas que chamam a atenção. Os olhares de medo das pessoas expressam mais que os gestos. O inimigo pode ser visto, não tocado. Os passos curtos distanciam o tempo, a bebida quente aquece o espírito e as sombras falam palavras ocultas. Na multidão da grande metrópole ele fica pequeno, vira número, perdi o rumo e anda rodeado de pessoas com almas sombrias. Não tem medo, tem desespero. Não senti frio, sente calafrios. Não vive, sobrevive. Poderia ter tido outra história, ter construído uma família, levá-los para passear na Disneylândia, mas só conseguiu chegar as ruas frias de São Paulo e, hoje, o seu lugar preferido é a Cracolândia.

Poeta das ruas: Luciano Campello Lulla
Twitter: @trocandoideeias