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sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Kleber da Hornet 621, a atração de São Paulo na internet



Com uma câmera no capacete e pilotando uma moto Hornet 621, o motoboy Kleber Atalla, 51 anos, mais conhecido por “Tiozão”, anda pelas ruas de São Paulo num passeio acelerado em cima da sua potente moto. O carisma e as arrancadas rendem muitos acessos nos vídeos publicados por ele no You Tube, que já contam com mais de 40 mil inscritos.

Kleber não aconselha as manobras que faz, já que são perigosas. Ele também é ciente das infrações cometidas nos percursos e teme ser pego pela polícia. “A minha pilotagem não é aconselhável. Não faço isso para ser seguido. Esse é o meu jeito de andar, inclusive para inibir algum assalto, pra intimidar o ladrão, que vai pensar duas vezes antes de ir atrás de mim”, ressalta.

O piloto tem uma loja de peças de moto online, e um dos motivos dessa aventura nas ruas, é chamar a atenção das pessoas e divulgar o seu site de vendas. Só que não para por aí. Com a câmera ligada e a moto em movimento, Kleber fala de assuntos diversos voltados para a juventude. Incentiva a garotada a dirigir ou pilotar só depois de tirar a carteira, respeitar os pais e não parar de estudar. Em um dos vídeos ele passa na Cracolândia, discursa contra o craque e se emociona ao ver os jovens drogados nas ruas.

Nas avenidas movimentadas de São Paulo sempre alguém o reconhece. Alguns amigos policiais falam para ele tomar cuidado, conhecidos e desconhecidos acenam quando a moto Hornet branca surge. Um dos dias mais emocionantes para o “Tiozão foi quando um grupo de estudantes adolescentes o reconheceu assim que parou com a moto na faixa de pedestre. Após dar atenção para os jovens, ele saiu com a moto e, emocionado, desabafou com as críticas que recebe na internet e repudia a maldade das pessoas. 

Os elogios são maiores do que as críticas negativas, e assim, Kleber ou “Tiozão”, continua na sua jornada pelas ruas de São Paulo, que acaba sendo um tour em duas rodas para quem não conhece a cidade.


Luciano Campello

domingo, 16 de setembro de 2012

DE SAMPA A BRASÍLIA




Numa conversa com o poeta Sérgio Vaz ele me mostrou o caminho das pedras. As pedras são duras e não tem como se esquivar delas. A minha atitude foi testada no Cooperifa. Fiz minha oratória, declamei e fui bem visto pela perifa. Valeu poeta, mas preciso ir. A caminhada é longa, e de Sampa a Brasília, tem muitas terras a seguir. No DF, de cara, encontrei com o Japão, a voz de Ceilândia, Samambaia, Gama, Recanto, Expansão... Moleque sonhador, guerreiro revolucionário que sempre mostrou para o Brasil que Brasília tem vários lados. Tem o político ladrão, o Congresso Nacional, o poder do lado, mas na casa da dona Maria a cinco km dos poderosos falta pão, leite e saneamento básico. Pode acreditar, aqui é diferente do que você vê na TV. Ou você acha que todo mundo anda esbanjando dinheiro e acorda dando tchau para a presidente que só quer se aparecer bem para você. Acorda! Se liga! Nem tudo que você vê é a verdade. Pare, pense e nunca se esqueça que estamos na mesma condição, o que só muda é a cidade. 


Poeta das ruas: Luciano Campello Lulla
Twitter: @trocandoideeias
Facebook: http://www.facebook.com/profile.php?id=100001606242192

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

A Juventude Perdida



A cena pode ser forte e impactante para alguns, mas é isso mesmo, a intenção é chocar. A foto não faz parte de um roteiro de filme ou de novela é a vida real vivida por muitos, com muitas promessas e poucas mudanças.

Promessas de mudanças não pelos moradores das favelas, mas pelos políticos, que sempre oferecem melhorias e soluções para os diversos problemas que assolam as comunidades carentes. No final, tudo é esquecido, e o resultado é sempre trágico. 

Infelizmente, estão lá no chão todas as promessas não cumpridas do governo. Esses meninos foram assassinados não só por traficantes, mas, principalmente, pelo Estado, que ainda ignora o obvio e deixa a carnificina ocorrer com aplausos. Depois limpam a sujeira e voltam com medidas paliativas. 

Enquanto eles não abrem os olhos para os fatos existentes nas diversas periferias do Brasil, pais e mães fecham os olhos dos filhos e enterram sonhos nessa guerra que só atinge a população de bem, que vive em seus barracos, condenadas a solidão eterna. Paz!

Texto: Luciano Campello Lulla 

sábado, 8 de setembro de 2012

O Facebook não paga por curtida ou compartilhamento de foto


É comum no Facebook compartilhamos tudo aquilo que achamos interessante, mesmo que não seja interessante para ninguém. O compartilhamento vai desde o cardápio do almoço, a bebida preferida e até uma simples queda é motivo de divulgação na rede, que fica assim: cai aqui. Enfim, tem de tudo.


Outro fato que atrai muita atenção e que os internautas compartilham exageradamente (até com boa intenção) são fotos de pessoas doentes, crianças com câncer e para cada curtida ou compartilhada, o enfermo ou a família ganha um determinado valor. Cuidado! Isso não existe.  

Um dos casos mais postados é a foto do bebê Samuel (este da foto). Ele tem uma doença que se chama hemangioma, que é o acúmulo anormal de vasos sanguíneos na pele ou nos órgãos internos (o tratamento é feito com aplicação de laser). O garoto, hoje com 7 anos, passou por quatro reconstruções faciais, e a mancha no rosto é o resultado de uns dos tratamentos. O pequeno Samuel já está muito melhor (foto atual do Samuel no face), porém, fotos dele bebê, com uma mensagem de ajuda, ainda são postadas nas redes sociais diariamente.

O escritório do Facebook, no Brasil, afirmou que faz sim doações em dinheiro, mas somente para ONGS e institutos de caridade. Não paga nada apenas para uma pessoa. Essas fotos compartilhadas, que impressionam de início, são apenas spams (praga virtual) para poluir a rede. Então fique atento e não saia divulgando tudo no seu timeline.  


Luciano Campello Lulla

domingo, 2 de setembro de 2012

A juventude perdida


Na festa as conversas variam.
Fórmulas perfeitas são criadas,
Amizades são feitas, os inimigos se falam,
Quando não se matam.

O álcool controla a mente,           
Que já não controla nada.
As pernas respondem com dificuldade.
O olhar embaça, o volante surge e a arma é engatilhada.

O carro dispara, enquanto os jovens bebem e riem.
O abraço esperado pelos familiares em casa
É dado no primeiro poste da rodovia.
Quatro morrem e um fica tetraplégico.
Resultado trágico que poderia ser evitado
Se aquele primeiro gole não passasse do quarto

Poeta das ruas: Luciano Campello Lulla
Twitter: @trocandoideeias
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Julgamento






O julgamento se faz pela aparência.
Ser bem tratado depende da vestimenta, e
Assim, os hipócritas vão roubando sonhos e financiando a violência.


Poeta das ruas: Luciano Campello Lulla
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