Estudo realizado pelo Laboratório de Análise da Violência da Universidade Estadual do Rio de Janeiro apontou que durante a onda de ataques entre o dia 12 e 21 de maio, de 2006, dos 554 mortos, 505 eram civis. Só neste ano de 2012, em apenas um mês, São Paulo registrou mais de 200 mortes de policiais, bandidos e inocentes.
Os criminosos usam os mesmos modus operandi. Com homens fortemente armados em carros ou motos, eles propagam o medo pelas ruas, matando não só os integrantes das forças policiais. Familiares e cidadãos de bem também são atingidos. A resposta é dada imediata pela policia, que vai a caça e “executa” os bandidos e também inocentes, que mesmo sem nada dever, são vitimados pela violência.
Há quatro anos morando em São Paulo, o maranhense Renato Gomes, foi mais um inocente morto nesta guerra. Renato estava junto com o seu cunhando, que também morreu. Eles foram assassinados por um policial militar que confundiu os jovens com bandidos. O policial foi preso em flagrante e encaminhado para o presídio militar.
Da cadeia os bandidos dão o “salve geral”, a população nas ruas dá um “salve a gente”, e a polícia dá um “salve se quem puder”. A polícia se arma, mas o estado é quem atira. A incompetência das autoridades acumulou a violência, acendendo um pavio que sempre estoura para os mais fracos.
Texto: Luciano Campello Lulla
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