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sábado, 3 de agosto de 2013

Navios negreiros damos-lhe graças.




O menino escravo e negro quando chegou de Angola não tinha nome.
O feitor mandou batizar e vendeu-o com nome de gente branca.
“Vai se chamar Joaquim. Em nome do Pai, do Filho e do Espirito Santo”.
“Preto Joaquim” moeu cana, capinou, foiçou, arou e plantou.
Fim do dia, caído de cansaço, o feitor terminava por arriar o “preto Jaquim” acorrentado e sob a taca.
Hoje, vestido de toga preta, Joaquim acorrenta o bando de brancos que lhe imploram alforria.
E a bandeira, que era vermelha, está corada de vergonha.

Dalmir Lott (ao juiz Joaquim Barbosa , sobre o julgamento do mensalão).

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